Por ser uma cerimônia que mistura religião e trabalho (e no caso, um trabalho mais "conservador"), é comum que as cerimônias e recepções militares sejam mais tradicionais e que tenham certas características que os diferem das cerimônias civis.
Quando a noiva é militar, ela não costuma a usar farda (óbvio! Vai trocara um vestido lindo de noiva por uma farda???). Contudo, isso não é regra. Num casamento no cartório, por exemplo, ela poderia usar sua farda. Mas quando o noivo é militar, é bem comum que ele se case na cerimônia religiosa com uma (geralmente a mais chique, de gala).
No caso dos noivos possuírem amigos na força, podem chamá-los para serem padrinhos. A vantagem é que, como o uniforme possui rígidas regras de utilização, os noivos não terão o susto de verem um com a farda de uma cor, a gravata de outra, o sapato de outra. Todos estarão iguaizinhos e super alinhados. O fato de estarem vestindo farda implicitamente, também, desperta a postura militar, o que confere um ar mais solene a ocasião.
Além disso, existe um diferencial super bacana. É o chamado "Túnel da Honra" ou "Teto de Aço". Consiste na cerimônia das espadas, quando os companheiros de Força (a Guarda de Honra dos noivos) fazem uma fila na saída da igreja, cruzando as espadas, formando uma espécie de corredor. Normalmente, é o oficial mais antigo presente na cerimônia que dá o comando para que se forme o túnel. Daí, os participantes viram-se de frente um para o outro, cruzando as pontas de suas espadas ao alto. À medida em que os noivos vão passando através do túnel, os oficias batem as pontas de suas espadas delicadamente e voltam a mantê-las encostadas ao final. O último do corredor, assim que o noivo passa, dá uma leve "espetadinha" no bumbum dele. Mas não é regra.
A guarda de honra, independente do momento da sua atuação, permanece na igreja o tempo de duração da cerimônia, razão pela qual, o organizador deve providenciar uma ala de bancos, ou um grupo de cadeiras, para os mesmos sentarem durante a espera.
Se os noivos pertencem a duas Forças Armadas, o túnel pode ser formado por ambas, sendo que cada lado dele será uma Força.
Pelo fato de que o túnel deve ser formado por militares e suas espadas, só podem participar deste ritual, oficiais e aspirantes a oficiais. Recomenda-se que ele seja formado por pelo menos 5 pares de espadas, para que tenha uma extensão harmoniosa. Todos os convidados que estiverem fardados na cerimônia poderão compor o “teto de aço”, e neste caso, o noivo deve obrigatoriamente estar fardado também. É recomendável que se use um convite especial aos oficiais que irão compor o túnel, assim como é feito para os padrinhos. Desta forma, você estará homenageando estes convidados que irão participar de um momento tão especial em sua cerimônia.
Quando a recepção é realizada em algum espaço militar, a regra de etiqueta pede que todos os militares compareçam fardados (mesmo aqueles que não compuseram o "Teto de Aço"). Isso torna a ocasião mais tradicional e chique. Na recepção, se o noivo estiver fardado, o protocolo pede que ele acompanhe a noiva na linha de entrada. As cores da Força Armada e bandeiras correspondentes devem estar colocadas na entrada do salão. Se o espaço permitir, os noivos poderão ter um novo arco de espadas formado na entrada.
Uma outra coisa bacana é na hora de cortar o bolo. É comum os noivos utilizarem a espada a farda para cortarem a primeira fatia. Fica super diferente e dá boas fotos. A Marinha é a Força em que esse costume é mais utilizado.
Rainha Rania e Príncipe Abdallah da Jordânia
Casamentos militares são uma marca da realeza. temos vários exemplos, o que serve de inspiração para as noivinhas que vão adotar o estilo.
Grace Kelly e o Príncipe Rainier
Princesa Charlene e Príncepe Albert
Príncipe William e Duquesa Catherine
